Tito vs Pep

Mesmas equipas, dinâmicas diferentes. O Barcelona de Guardiola e o Barcelona de Vilanova distam apenas um ano de diferença, mas são visíveis algumas mudanças na estrutura actual equipa culé. Em ambos os casos falamos de uma das melhores equipas do Mundo nos seus espaços temporais.

Josep e Tito partilham os mesmos princípios e filosofia de jogo que advém do mestre, Johan Cruyff, isto é, o Barcelona no legado de Guardiola e Vilanova repartem a mesma identidade mas existem diferenças que devem ser enumeradas e explicadas. Comecemos então pelas semelhanças.  Continuar a ler

Paul Pogba

O futebol é multifacetado e multicultural, apresentado muitas vezes talentos com várias características juntas pouco comuns de se ter, como é o caso de Paul Labile Pogba.

Este jovem Francês, filho de pais ganeses, nasceu em Paris e começou a dar os primeiros toques apenas com 6 anos no Roissy-en-Brie, onde fez formação até 2006 transferindo-se na altura para o Torcy. Apenas uma época a seguir começou a jogar a nível profissional no Le Hauvre onde esteve 2 épocas. Tornou-se capitão e liderou a sua equipa até à fase final de sub 16, ficando em segundo. Essa excelente época fez com que fosse chamado à selecção Francesa sub-16, e com que se transferisse para o Manchester United, que também teve que contratar os seus pais para se poder concretizar a respectiva transferência para o poderoso clube inglês.Começou nos juniores e na época 2011/2012, foi promovido por Sir Alex Fergunson à equipa principal, mas sem grandes oportunidades de se afirmar como titular acabou por se transferir esta época para a Juventus onde já conta com 5 jogos e um golão contra o Nápoles. Presença assídua em todas as selecções jovens de França desde os sub-16 até à actual sub-20 marcou 9 golos capitaneando os sub-16 na vitoria no Aegean Cup e no Tournoi du Val-de-Marne e participando ainda no 2010 UEFA European Under-17 Football Championship.

Este portentoso jogador joga no meio-campo podendo fazer qualquer posição com bastante facilidade, tanto a médio defensivo, a “box-to-box” e inclusive a médio ofensivo. Esta polivalência é sinal claro de toda a sua qualidade de um jogador equilibrado, forte fisicamente e com muita cultura táctico-técnica. Com uma capacidade aeróbia impressionante, um físico imponente, uma visão de jogo superior à média, um bom toque de bola no domínio e passe, possui também um remate forte com qualquer um dos pés, fazendo dele uma “máquina avassaladora” no meio campo podendo ao mesmo tempo que equilibra a sua equipa, desequilibrar a equipa adversária com a sua habilidade, velocidade e criatividade.

Muitos jogadores da actualidade são considerados nucleares nas suas equipas e este jovem jogador demonstra ser muito completo e preparado para assumir esse papel, Pogba um miúdo maravilha do hoje para o amanha.

 

Previsão Porto x Dinamo Kiev

FC Porto e Dínamo de Kiev defrontam-se, esta quarta-feira, no Estádio do Dragão, em partida a contar para a terceira jornada do Grupo A da Liga dos Campeões,  jogo que, em caso de triunfo da equipa portuguesa, deixa os comandados de Vítor Pereira em muito boa posição para seguir em frente na competição.

É depois de dois triunfos nas duas partidas já disputadas (Dínamo Zagreb 0-2 FC Porto e FC Porto 1-0 PSG) que os dragões recebem aquela que, à partida, seria a equipa com a qual iriam disputar a segunda vaga para os oitavos-de-final da principal competição de clubes do continente europeu mas, depois do excelente arranque portista, um triunfo no jogo desta quarta-feira, a equipa pode começar, desde já, carimbar o passaporte para a próxima fase. Continuar a ler

FC Porto x Sporting CP

FC Porto e Sporting entraram, este domingo, no Estádio do Dragão, para disputar o primeiro clássico da época, em jogo a contar para a sexta jornada da Primeira Liga Portuguesa com vários motivos de interesse e com momentos anímicos bem distintos entre os dois clubes.

Se, por um lado, o FC Porto vinha de um triunfo, por uma bola a zero, tão importante como justo sobre os milionários do PSG para a Liga dos Campeões, triunfo que valeu o isolamento na liderança do Grupo A da prova mais importante de clubes a disputar no continente europeu, o Sporting, por sua vez, vinha de uma goleada, derrota por três bolas a zero, tão clara como vergonhosa com os húngaros do Videoton, que deixava o clube de Alvalade no último lugar do Grupo G da Liga Europa e, em sequência desse e dos restantes resultados da época, sem treinador após a saída de Sá Pinto.

Mas os pontos de interesse desta partida, num dia de grandes jogos por essa Europa fora (Barcelona – Real, Marselha – PSG, Inter – AC Milan, entre outros), não se ficavam por aqui pois, caso o FC Porto não fosse derrotado, conseguiria cumprir o 4º aniversário e o 60º jogo sem conhecer o sabor da derrota em jogos no Dragão para a Liga Portuguesa. Mais que isso, havia também a coincidência de que, há 52 jogos atrás, o Sporting tinha sido a última equipa a conseguir sair do Dragão sem sofrer um golo, pelo que este era outro ponto de interesse num jogo que promovia a estreia de Oceano Cruz como técnico principal dos leões enquanto o clube procura um sucessor de Sá Pinto.

Mas falando da partida propriamente dita, o FC Porto entrou em campo com o “melhor onze”, repetindo a equipa titular que tinha batido o PSG, enquanto no Sporting, mais uma revolução na equipa com as entradas de Cédric e Insúa (na defesa), Schaars, Elias e Pranjic (no meio-campo) e de Carrillo (na frente) em relação ao jogo anterior.

E se os momentos anímicos de cada equipa eram antagónicos, depressa o FC Porto fez questão de mandar no jogo e de o resolver, aproveitando as fragilidades de um Sporting que, quando saiu do seu meio-campo pela primeira vez, já perdia por 1-0 com um enorme golo de Jackson Martínez, daqueles que podem ser vistos e revistos vezes sem conta e que entrará, certamente, para a história deste campeonato.

Mas este grande golo, que surgiu aos 10 minutos, nem foi a primeira oportunidade para os dragões uma vez que, desde o início do jogo o FC Porto se apoderou do meio-campo do Sporting e só uma enorme defesa de Patrício, aos 7’ e um remate ao lado de James, aos 8’, impediram que o Sporting começasse a perder ainda mais cedo. Ainda no primeiro quarto de hora Lucho obrigou Patrício a mais trabalho mas, logo depois, surgiria a primeira contrariedade para a equipa da casa com a saída, por lesão, do central Maicon.

No segundo quarto de hora da partida o Sporting tentou reagir, mas desta reacção, nada surgiu além de duas cartolinas amarelas para Lucho e James e depressa o FC Porto voltava a tomar conta do jogo com Moutinho e Otamendi, em dois lances de bola parada, a entenderem-se na perfeição, faltando a finalização certeira do argentino aos passes teleguiados do português que, aos 29’, na sequência de um pontapé de canto, e aos 35’, na cobrança de um livre indirecto levou perigo à área adversária. O intervalo chegava, assim, com o FC Porto confortavelmente na frente do marcador, apesar da magra vantagem.

A segunda parte começou praticamente com uma grande penalidade a favorecer o FC Porto quando, aos 55’, num lance aparentemente inofensivo, Cédric no chão vê a bola tocar-lhe no braço direito com Jorge Sousa, de pronto, a assinalar grande penalidade que Lucho se encarregaria de desperdiçar atirando com estrondo ao poste direito da baliza de Patrício que adivinhou o lado mas não teria qualquer hipótese de desviar a bola. Mas nem a lesão de Maicon nem a grande penalidade falhada por Lucho desmotivaram os dragões ou deram mais moral aos leões que continuavam inofensivos.

E se a vida estava difícil para o Sporting, pior ficou quando, aos 72’, Rojo, no espaço de três minutos, vê dois cartões amarelos e é expulso, deixando a sua equipa em inferioridade numérica. Ainda assim, essa desvantagem numérica durou pouco tempo pois o FC Porto também ficaria reduzido a 10 elementos com nova lesão de um jogador da sua defesa, sendo Alex Sandro a sair aos 79’ com as substituições já esgotadas por Vítor Pereira.

E foi nesses últimos 10 minutos de jogo que tudo se decidiu com o Sporting a ter duas oportunidades no espaço de dois minutos (Helton defende um livre de Pranjic aos 80’ e segura um cabeceamento de Wolfswinkel aos 81’) e, na resposta, o FC Porto beneficiava de nova grande penalidade cometida por Boulahrouz sobre Jackson Martínez na sequência de um grande cabeceamento de Mangala à trave da baliza de Patrício. Chamado a converter, James não perdoou (apesar de Patrício ainda ter tocado na bola) e o FC Porto encerrava o assunto, com o 2-0 final que lhe permite voltar à liderança da prova, liderança da qual o Sporting está já a oito e praticamente irrecuperáveis pontos.

 

Erik Lamela

Erik Lamela

O Futebol é considerado por muitos uma arte, e é nesse contexto que Erik Lamela deslumbra com o seu “Tango”.
Nascido em Buenos Aires, Argentina, este jovem talento começou nas camadas jovens do mundialmente conhecido River Plate. Fez toda a sua formação no clube até que com 18 anos fez a sua estrei pela equipa principal, alcançando o seu primeiro golo na época de 2010/2011, e foi na época seguinte onde se afirmou como jogador titularíssimo do clube realizando 34 jogos, 4 golos e 3 assistências, sempre com exibições vistosas e consistentes. Essas exibições de qualidade foram motivo da sua chamada à selecção “Celeste” sub-20, sendo o mais evidenciado na sua participação no Mundial sub 20 com 4 golos. Toda esta consistência de exibições e deslumbre de classe despertou o interesse de entre outros, o A.S.Roma que o contratou por 12 milhões de euros e onde já ganhou o seu lugar na equipa titular disputando 31 jogos onde fez 6 assistências e 6 golos na sempre dura e difícil liga Italiana. Nessa época de 2011/2012 foi o melhor da sua selecção sub 20, contratado pela poderosa Roma e estreou-se pela selecção principal da Argentina.
Lamela, apesar de poder jogar nas linhas devido à sua velocidade e agilidade, é um número dez de raiz, mas não um 10 tradicional argentino, pois alem de ser possante fisicamente, é um jogador de enorme simplicidade na hora de tocar a bola sem grandes adereços, optando sempre por ser o mais objectivo e consequente possível. Possui um toque de bola de classe, com bom drible curto, imprevisível no um para um, sempre a desenhar o ataque da sua equipa onde a sua especialidade é o ultimo passe colocando muitas vezes os seus colegas na cara do golo, é um organizador nato, equilibrando a sua equipa com os seus movimentos e capacidade física, incansável. Possui um pé esquerdo de requinte, com grande capacidade de remate que prepara com rapidez e em pouco espaço surgindo muitas vezes na área para finalizar e exímio na marcação de bolas paradas o que o torna ainda mais influente no sucesso da sua equipa.
Um verdadeiro artista Argentino, que “dança” e faz “dançar”, Erik Lamela um miúdo maravilha do hoje para o amanhã.

Bahebeck

O futebol sempre foi um desporto de todos, dos mais novos aos mais velhos, dos mais pobres aos mais ricos, e ultimamente têm surgido milionários a investir fortemente em clubes, mas nem só o dinheiro dá títulos, é necessário talento assim como o de Jean-Christophe Bahebeck.

Natural de Saint- Denis, França onde nasceu à 19 anos, este jovem talento começou a dar os primeiros toques no “Club Sportif Municipal de Persan”, em 2000 com apenas 7 anos. Depois de três épocas, mudou-se para o Union Sportive Persan, onde deu nas vistas, chamando a atenção dos olheiros do PSG. Apesar desse interesse só em 2007 é que se concretizou a transferência para as camadas jovens do Paris Saint-German já com 14 anos e depois de muitos golos marcados. Começou a jogar na academia do PSG “Camp des Loges”, nos sub 15 e depressa se afirmou como um autentico matador. Com 15 anos marcou 17 golos em 23 jogos nos sub 17, e com 16 anos marcou 14 golos em 20 jogos nos sub 19, ajudando a sua equipa a ser campeã em cada escalão. Com as suas exibições de autentico instinto matador, foi chamado para representar o seu país nos sub 16, sub 18 e sub 19, participando no Euro sub 19 de 2012, onde de destacou com exibições de nível superior e 2 golos. Em 2010-2011 jogou pela equipa B do PSG, sendo chamado pontualmente para a equipa principal onde marcou na sua estreia. Na época seguinte assinou um contracto profissional de três anos com a equipa principal e fez a sua estreia na Liga Europa onde marcou um golo. Devido à falta de espaço e de experiencia na presente época foi emprestando ao Troyes que disputa a Ligue 1.

Começou a jogar como extremo mas onde mais brilha e se denota é a avançado. É um jogador muito versátil, ágil e rápido. Possui uma velocidade estonteante, o que lhe permite jogar também nas duas linhas, e serve-se dela como ninguém para ultrapassar os seus adversários e finalizar. Joga bem com os dois pés e usa-os com muita rapidez quer no drible quer a armar o remate. É um avançado móvel que procura muitas vezes a desmarcação nas costas da defesa adversária mas que também usa o um contra um como arma para a obtenção de espaço para o toque final, a sua especialidade.

Existem jogadores que fazem com que a arte de marcar golos pareça simples e fácil. A isso chama-se talento nato, Bahebeck um miúdo maravilha do hoje para o amanha.